A FRANCESINHA, NO ESTILO LITERÁRIO DE BOCAGE*

Ode à Francesinha: Delícias Poéticas do Porto

 

Ó delícia suprema que as papilas regala,

Francesinha do Porto, aqui nascida e criada.

Deixai-me cantar teus sabores em poesia,

numa ode ao prazer que é mais do que a fome saciada.

 

Em pão torrado e crocante,

recebes o bife suculento, tenro e vibrante.

E no teu abraço de queijo derretido e molho picante,

a gula encontra o deleite, ah coisa gratificante!

 

Em segredo, fiambre, salsicha fresca e linguiça escondem-se,

e o molho ardente, com tempero que os deuses acendem,

transforma-te numa explosão de sabores vividos,

numa invocação dos sentidos.

 

Oh, Francesinha, regalo dos deuses do paladar,

em ti, o Porto a sua essência deixa vibrar.

Em cada garfada, em cada suspiro,

o prazer do êxtase que respiro.

 

Francesinha, nome exótico e cativante,

eco de terra distante, da gastronomia francesa,

para cá trazida por humilde emigrante,

recriada no Porto com mestria e destreza.

 

Nascida na Regaleira, em plenos anos sessenta,

era, à época, joia exclusiva desse local que lhe deu vida.

Hoje, por ruelas e avenidas, a sua fama cresceu,

e em cada esquina da cidade, a Francesinha é servida.

 

Entrego-me à tua sedução, ó sublime iguaria!

Em cada mordida, encontro a alegria,

em cada trinca se acende a chama

da paixão por esta cidade, que a todos inflama.

 

Assim, eu, Bocage, neste palco da poesia culinária,

canto a Francesinha, iguaria que o Porto venera.

Em cada trago, uma detonação,

uma ode à elevação, onde o tempero impera.

 

 

*Este texto foi escrito no estilo literário recriado do poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage, numa combinação entre Inteligência Artificial e a mão humana. Pusemos Bocage a provar a mais famosa sanduíche da cidade e o resultado foi este.